terça-feira, 25 de outubro de 2011

















A gente costumava brincar de coisas bobas, acreditar em superstições e fingir que levava a sério.
'Nao pode separar as mãos ao passar num poste, ou coisa o tipo, pra cada um passar de um lado. Os dois tem que passar num lado só, com as mãos unidas. Senão a gente vai se separar.'
E quando esquecia ou se distraia e as mãos se separavam, a gente quase sempre voltava atrás e passava juntos. Como se o tempo pudesse voltar atrás. Como se ao segurar as mãos pudesse manter todo o resto junto, pra sempre. Como se voltar atrás pudesse apagar o que tinha acontecido.

3 comentários:

Isa V ... disse...

E eu fico de longe observando a síntese... ela tem o poder da síntese! =) E suas histórias transformam realidade em ficção e vice versa. Os anos passam e ela fica cada vez mais Clarice... as horas passam e ela fica tão Isabela... É uma construção genial com personagens, tempo e razão... com muito ethos! - Nesse caso... dar as mãos resolve todo o problema e é construído um final feliz. Tão bom, né? (*Mas eu não sou tão boba quanto o Cazuza :P) Amo-te!

Isabela F. disse...

os teus comentarios sempre superam, em muito, os textos.

Paulo Riet Jr. disse...

Isa V disse tudo, e como seria bom poder voltar atras e tomar a atitude que não achei de bom carácter, talvez hoje eu seria ainda mais feliz, que texto gostoso de ler ^^